Comércio reabrindo Será que todos estão preparados?
12 de junho de 2020Especialista em comportamento de consumo fala sobre o panorama nos próximos dias.
Embora seja um evento raro, com consequências imprevisíveis e que pode ter grandes proporções, o momento é de adequação. Para que as atividades não fossem completamente paralisadas, o home office foi e continua sendo a opção mais falada do que nunca. Mas, e o comércio, como fica, já que as recentes medidas de isolamento tomadas para prevenir o contágio reduziram a quantidade de pessoas nas ruas.
De acordo com a especialista em marketing e comportamento de consumo, Carmela Sala, sócia da Carmela Empreendimentos e Participações de São José dos Campos, em tempos de crise, seja ela qual for, a regra é se reinventar. “Empresários de todos os setores precisam utilizar estratégias para enfrentar este novo cenário”, afirma.
No Sala Shopping, por exemplo, edifício comercial que ela administra não está sendo diferente. A vantagem é que por ser lojas de rua, não são ambientes fechados e os clientes podem ser atendidos com exclusividade e sem aglomeração.
Na primeira fase, o comércio enfrentou o desafio de implantar o delivery a toque de caixa e essa continua sendo a alternativa de muitos setores. Agora, o comércio está prestes a reabrir de forma gradativa e temos que aceitar que tudo mudou.
Carmela ressalta que, diante da expansão do coronavírus, e para prevenir o aumento de novos casos os lojistas adotaram medidas de segurança. A nova rotina inclui a limpeza e higienização dos pontos em comum como balcões, araras de roupas e equipamentos como computadores, itens de escritório e caixa como canetas, calculadoras e afins. A higienização das mãos com álcool gel ao entrar e sair das lojas é outro requisito essencial, além do uso obrigatório das máscaras por lojistas e clientes. O comércio, acima de tudo, precisa girar, precisa de pessoas circulando nas ruas comprando serviços e produtos.
Ainda, segundo a especialista em comportamento de consumo, é claro que os lojistas temem a retração do comércio e medidas extremas não vão ajudar em nada, mas ações preventivas são necessárias. “De qualquer maneira, o melhor é agir com bom senso e cautela. O mais importante, estamos na fase de cuidados e esperamos não ser atingidos a ponto de gerar uma série de restrições drásticas. Tenhamos fé e otimismo, afirmou Carmela”.
E não podemos esquecer que a internet continua sendo grande aliada neste momento, através das diversas plataformas existentes, que podem auxiliar os comerciantes na venda dos seus produtos online, utilizando grupos de amigos, grupos de desapego ou de interesse em comum, cupons de desconto e benefícios para quem utilizar dos novos recursos de compra, entre outros meios.
Para a especialista em marketing digital, Flávia Valentim, diretora da Vínculo Consultoria em Marketing Digital, a internet se transformou na única ferramenta de comunicação entre empresa e consumidor, e neste momento todo empresário precisa se fazer presente na vida do seu cliente. “As redes sociais, neste cenário, estão sendo fundamentais, porém, é necessário alguns critérios e um mínimo de conhecimento para fazer essa divulgação. As empresas não podem deixar que seus clientes a esqueçam”, afirmou Flávia.
Ela completou dizendo que as agências estão trabalhando a todo vapor para ensinar e atender todos os públicos que precisam e merecem esse atendimento.