Mestres-Cervejeiras falam sobre o espaço da mulher no mercado cervejeiro

19 de junho de 2020 0 Por Redação

No próximo dia 19, por exemplo, é comemorado o Dia do (a) Mestre-Cervejeiro (a), profissional responsável pela seleção de ingredientes e criação da receita até o controle de qualidade da bebida, e a data reacende uma discussão importante em relação à presença das mulheres nas cervejarias pelo Brasil.

Rozilene de Sá faz parte dessa porcentagem. A profissional é ainda parte de uma confraria idealizada por um grupo de mulheres para falar sobre empoderamento feminino e, claro, criar cervejas.

Inclusive, olhando para as consumidoras, precisamos parar de associar certos estilos de cerveja a mulheres, como se só gostássemos de degustar cervejas leves e suaves. A diversidade de estilos e sabores dessa bebida milenar existe para todos gostos e momentos, independentemente do gênero”, afirma.

A realidade, que vem alterando um cenário por anos solidificado, reflete também em mulheres que estão à frente de cervejarias de pequeno porte.

“Apesar de ser um quadro congênere, para um mercado em que as mulheres são minoria, isso é bastante representativo”, conta.

Além do machismo observado nesse mercado, mulheres negras ainda enfrentam o preconceito racial. “Estou inserida em um meio dominado por homens brancos e, infelizmente, é claro que episódios envolvendo discriminação já aconteceram.

Ela ressalta a importância de reiterar que, historicamente, a produção de cerveja é uma atividade de mulher. “Fico empolgada em observar esse resgate, vendo cada vez mais mulheres em eventos voltados para a cerveja.

Apesar de observar avanços conquistados em relação à equidade de gênero, Maria Eduarda afirma que o debate não deve ser encerrado por aí.

“Questões relacionadas à raça e classe social também precisam ser consideradas. As cervejarias, assim como todas as empresas, precisam atuar para garantir as mesmas oportunidades a todos.