No Dia da Indústria, Suzano comemora 60 anos da produção de papéis com 100% de celulose de eucalipto em escala industrial
26 de maio de 2021Atualmente, a Unidade Jacareí tem a capacidade anual de produção de 1.100.000 toneladas de celulose que são utilizadas para a produção de papéis e diversos produtos
A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, entrou para a história ao ser pioneira na fabricação de papéis com 100% de celulose de eucalipto. Essa conquista só foi alcançada após diversas pesquisas lideradas por Max Feffer, filho de Leon Feffer, fundador da empresa.
Com a crise gerada pela Segunda Guerra Mundial, a Suzano enfrentou dificuldades para importar celulose e na época a tecnologia usada para a produção de papel ainda dependia da polpa de pinheiro, espécie de crescimento demorado, com tempo de corte de em média 25 anos.
Foram realizadas diversas experiências também com bagaço de cana, sisal, bambu, rami, algodão, juta e agave, mas Max Feffer estava em busca de fibras que tivessem plantações mais próximas de São Paulo, como era o caso do eucalipto. Além da disponibilidade e por ser uma espécie bem aclimatada no Brasil, seu ciclo de corte dura em média de seis a sete anos. Após as pesquisas, a Suzano passou a fabricar celulose de eucalipto.
“Os maiores técnicos do mundo diziam que era impossível fazer celulose de eucalipto, mas como nós não sabíamos disso, nós fomos em frente e pesquisamos. E começamos a obter resultados muito promissores”, disse em documentário Max Feffer sobre 1954, quando os primeiros testes com a fibra de eucalipto foram iniciados.
No ano seguinte, com uma visão empreendedora, Leon e Max adquiriram a Indústria de Papel Euclides Damiani S.A, a atual Unidade Suzano, em São Paulo. Nesta nova área eles puderam aperfeiçoar o processo de produção e começaram a fabricar 25 toneladas de polpa de celulose por dia. Neste período de testes, a fábrica utilizava apenas 30% de polpa de celulose de eucalipto para a produção de papel, depois aumentou para 50%, e assim sucessivamente. Os bons números motivaram a compra de uma máquina com capacidade de produção de 100 a 120 toneladas de polpa de celulose por dia.
Os resultados conquistados por pai e filho foram essenciais para ampliar a presença global da Suzano, tornando-a a gigante que ela é hoje. Atualmente, a empresa possui 11 fábricas em operação no Brasil, além da joint operation Veracel. Além disso, conta com cinco escritórios internacionais e cinco centros de inovação e pesquisa, três portos para exportação de celulose, dez navios totalmente dedicados e 21 centros de distribuição.