Suzano investirá R$ 1,66 bilhão em novas linhas de produção de papel Tissue e celulose Fluff e em caldeira de biomassa

31 de outubro de 2023 0 Por Redação

A Suzano, líder mundial na produção de celulose de mercado e referência global na fabricação de bioprodutos a partir do cultivo de eucalipto, anunciou, em 27 de outubro, uma série de projetos que visam ampliar sua capacidade de produção e otimizar suas operações. A empresa planeja investir um total de R$ 1,66 bilhão, conforme divulgado junto aos resultados do terceiro trimestre de 2023, alinhando-se com suas estratégias de negócios e reafirmando seu compromisso de atender continuamente às demandas dos mercados brasileiro e global.

O investimento compreende três iniciativas principais: um investimento de R$ 650 milhões na construção de uma fábrica de papel Tissue em Aracruz, Espírito Santo; um gasto de R$ 520 milhões na substituição de uma caldeira de biomassa em um de seus maiores complexos de produção de celulose no mesmo local; e um projeto de R$ 490 milhões para aumentar a oferta de celulose Fluff na Unidade Limeira, em São Paulo.

O presidente da Suzano, Walter Schalka, destacou a importância estratégica desses investimentos, pois a competitividade da empresa na produção de papéis sanitários e de celulose Fluff está alinhada com o crescimento a longo prazo desses mercados, impulsionado por mudanças nos hábitos de consumo. A empresa é líder no mercado brasileiro de papéis higiênicos e pioneira na produção de celulose Fluff a partir do eucalipto.

O papel Tissue é utilizado na fabricação de produtos de higiene e limpeza, como papel higiênico, guardanapos, papel toalha e lençóis umedecidos. Por outro lado, a celulose Fluff é a matéria-prima para produtos absorventes e de higiene pessoal, como fraldas infantis e adultas, absorventes femininos e tapetes para animais de estimação. A produção desses novos produtos estará disponível no mercado até o final de 2025 para a celulose Fluff e no primeiro trimestre de 2026 para o papel Tissue, adicionando 340 mil toneladas de Fluff e 60 mil toneladas de Tissue à capacidade da Suzano.

O terceiro investimento envolve a modernização da Unidade Aracruz, com a substituição de uma caldeira de biomassa. Essa melhoria aumenta a eficiência da fábrica, proporcionando maior estabilidade operacional e benefícios ambientais. A caldeira utilizará biomassa para a produção de vapor, que é essencial em processos de celulose e geração de energia. A previsão é que ela entre em operação no quarto trimestre de 2025.

Esses projetos foram anunciados durante o Suzano Investor Day, onde a empresa também detalhou os resultados do terceiro trimestre, destacando uma redução no custo de produção para R$ 861 por tonelada. No entanto, os preços globais da celulose permanecem baixos. Nesse contexto, a Suzano reportou um EBITDA ajustado de R$ 3,7 bilhões e uma geração de caixa operacional de R$ 1,9 bilhão. A comercialização de celulose alcançou 2,5 milhões de toneladas, enquanto as vendas de papéis atingiram 331 mil toneladas. A receita líquida do período totalizou R$ 8,9 bilhões, mas a empresa registrou um resultado líquido negativo de R$ 729 milhões devido ao impacto da desvalorização cambial no trimestre sobre a parcela da dívida em dólar e derivativos.

De janeiro a setembro, a Suzano realizou investimentos de R$ 14,4 bilhões, incluindo R$ 6,3 bilhões destinados ao Projeto Cerrado, a construção de uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, que está prevista para entrar em operação até junho de 2024, coincidindo com o centenário da Suzano.